Leia os conceitos e opiniões de Mano Menezes sobre diversos Tópicos

Chances de título
“A distância matemática para o líder aponta que é possível, mas o futebol nos leva, pela experiência que temos, a analisar outros aspectos. Existem equipes bastante preparadas na frente e não nos basta mais fazer apenas a nossa parte, mas ainda é possível, sim. Temos de continuar produzindo igual ou até mais do que nos últimos jogos. O aproveitamento em casa está bom, mas fora precisamos melhorar”.

Rivais em melhor condição
“Palmeiras, São Paulo e Internacional estão em uma situação melhor, há mais tempo na frente. O Atlético-MG saiu daquela vertiginosa que teve, se reforçou e pode manter essa condição. O Goiás é nosso próximo adversário e precisamos ver ainda. Mas os três primeiros têm mais chance no momento”.

Equipe para a Libertadores

“Não temos definição nenhuma sobre o grupo da Libertadores. Ainda está muito longe. Estamos trabalhando para que essa competição não seja essa obsessão que tanto se fala. Nós sabemos do grau de dificuldade que ela vai apresentar. Tem muito chão pela frente ainda para definirmos agora o que será lá na frente.

Obsessão pela competição sul-americana
“Para o nosso gosto, se fala demais em Libertadores no Corinthians, mas não vamos decidir pelo torcedor. Nós é que não podemos perder o foco do que estamos fazendo agora, porque o Brasileiro também é importante para que vamos fazer no ano que vem. Essas partidas vão dar um parâmetro realmente bom em termos de qualidade”.

Entre ter o Riquelme contra e a favor, eu prefiro do meu lado."

Insistência em Souza e Bill?
“É uma questão de necessidade você escolher jogadores para substituir o Ronaldo. Nós já optamos pelo Henrique e faltou algo. Colocamos o Bill e também faltou algo. Depois colocamos o Souza e faltou aquele algo a mais. Mas sempre vai faltar alguma coisa quando se compara com o Ronaldo. Tenho procurado respeitar o momento dos jogadores, porém você não consegue agradar todo mundo”.

Importância dos confrontos diretos
“Depende do que nós fizermos diante de outros adversários. A gente pode chegar para o jogo contra o Atlético-MG (na última rodada) sem condição de título. Aí não teria sabor nenhum. Agora se chegarmos numa condição diferente... Não gosto de ser tão enfático (e dizer que os dois próximos jogos, contra Goiás e São Paulo são fundamentais), porque o futebol nos desmente muito”.

Renovação de contrato
“Já acertamos uma condição prévia. Só faltam alguns detalhes para serem executados, mas não colocamos a carroça na frente dos bois. O que posso dizer é que faltam esses 5% (o presidente Andrés Sanches disse que está 95% adiantada a conversa), que são a assinatura e algumas burocracias. Todos podem ficar tranquilos”.

Falta do poder de decisão
“Com a saída de alguns jogadores, como Douglas, Cristian e André Santos, nós perdemos o poder de definir o jogo. Precisamos encontrar novamente atletas com essa capacidade de definição, porque não adianta ir melhor na tática, na posse de bola... Tem que colocar a bola na rede. Mas nós já estamos aprumados. Não temos mais atuações tão distintas de uma partida para outra. A equipe está recuperando o seu padrão e vai voltar a ser mais decisiva”.

Riquelme

“Entre ter o Riquelme contra e a favor, eu prefiro do meu lado. Já o conheci contra (na final da Libertadores entre Grêmio e Boca, em 2007) e não foi bom. A contratação de um grande jogador é sempre mais complicada. Não é pedido, é uma oportunidade. Mas quando começa a ter muita fumaça tem mais chance de aparecer fogo. Ao que me parece esse é o momento de fazer um investimento maior, para um ano importante como o de Libertadores e do centenário”.

Matías Defederico
“Nós estamos conhecendo o jogador aos poucos. As primeiras impressões confirmam aquilo que vimos dele no Huracán. Quando se fala em temos de comparação com o Messi é mais em características, até porque o Messi é um jogador já afirmado em um dos maiores clubes do mundo que é o Barcelona. O Defederico vai precisar percorrer muito para ter essa trajetória. Ele precisa também ser fortalecido, porque na base na Argentina não se trabalha força como aqui”.

Twitter
“Eu uso o Twitter porque foi uma ferramenta que surgiu e me permite um contato muito rápido com os seguidores. Eu posso sentir o que o torcedor está pensando. Na quinta mesmo eu postei que o Ronaldo poderia jogar (algo que se confirmou nesta sexta-feira), porque era o que a maioria questionava. É para isso que existe isso, para propor alteração de comportamento. De quinta para sexta, por exemplo, a procura por ingressos já foi maior. Certamente porque o Ronaldo vai jogar”.

Aprendizado com Ronaldo
“O que eu aprendi com o Ronaldo é que o grande jogador sempre está atento aos detalhes. Nós treinadores sempre dissemos que o grande jogo é definido em pequenos detalhes. E na hora que fica tudo igual em uma decisão é decidido ali ou aqui. E tudo que você fala na semana de trabalho dá para ver o Ronaldo fazendo em campo. A cobrança dele em cima dos companheiros também é em cima disso. É por isso que ele tem provado porque foi considerado três vezes o melhor do mundo”.