Lulinha perde espaço e pede para sair do Timão

Sem oportunidades e infeliz no Corinthians, jovem meia diz que precisa jogar para mostrar seu futebol.
O meia Lulinha sempre foi tratado como uma joia das categorias de base do Corinthians. Mas o jogador que se destacou no sub-17 e até integrava a seleção brasileira na categoria, nunca se destacou nos profissionais. Há um bom tempo a torcida corintiana já perdeu a paciência com Lulinha, que habitualmente vinha sendo vaiado pela Fiel.

A situação, somada à falta de oportunidade no time, deixa o jogador chateado e com vontade de sair.

- Acho que (sair) é o melhor mesmo, o jogador tem é que jogar. E como não estou tendo oportunidade aqui no Corinthians, acho que é melhor sair. Mas na verdade eu prefiro não comentar nada sobre isso, deixo isso nas mãos do presidente (do clube, Andrés Sanches) e do Wagner (Ribeiro, empresário) – disse Lulinha, o único a atender os fãs no Parque São Jorge na quinta-feira, quando o elenco o voltou de Porto Alegre.

Lulinha está com 19 anos e subiu para os profissionais em 2007, ano em que o clube caiu para a Série B do Brasileiro. Agora que o time está em alta, o jogador poucas vezes é relacionado para as partidas. A última participação do meia foi contra Atlético-PR, pelo Brasileirão, jogo em que Mano Menezes poupou todos os titulares para a final da Copa do Brasil, contra o Internacional. Lulinha ficou no banco e entrou durante a derrota por 1 a 0 para o Furacão.

A tendência é que Lulinha seja emprestado para pegar experiência. Em recente entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Wagner Ribeiro disse que estava prestes a fechar um contrato de seis meses para o jogador se tranferir para o Benfica, de Portugal.

O maior entrave para negociar o jogador é sua multa rescisória - US$ 50 milhões (R$ 97 milhões) -, definida quando ele ainda era uma promessa. Depois do meia atuar em 85 jogos e marcar apenas quatro gols, o Corinthians, detentor de 75% dos diretos federativos do jogador, não irá se incomodar se precisar reduzir o valor da multa, caso algum clube o queira em definitivo. Os outros 25% pertencem ao jogador, em parceria com Ribeiro.