Felipe, melhor Goleiro do Brasil, o "Pé Frio" que todos os Times querem ter.

O goleiro Felipe é, hoje, uma unanimidade do Corinthians. No entanto, nem sempre foi assim. No clube desde 2007, o jogador atravessou momentos difíceis como um afastamento e já teve de ouvir torcedores pedindo sua cabeça. Sua carreira ainda foi marcada por uma série de rebaixamentos. Mas agora, em verdadeiro estado de graça, o camisa 1 faz questão de responder aos críticos que um dia lhe colocaram a fama de "jogador pé-frio".

"Acho que todo time do mundo gostaria de ter um pé-frio como eu. Sete meses e três títulos [Série B, Paulistão e Copa do Brasil]... se eu continuar pé-frio assim está muito bom", disse o goleiro após os treinos desta sexta-feira no Parque Ecológico.

A fama de pé-frio de Felipe se deu pela série de insucessos dos clubes pelo qual passou. No Vitória, amargou dois rebaixamentos seguidos. Depois, chegou ao Corinthians e uma nova queda anexada a seu currículo. Envolvido nesse contexto, o goleiro se viu como bode-expiatório.

"Não fui eu que fui sozinho enfrentar onze jogadores do outro time. Tinha uma equipe toda jogando comigo que não foi bem e acabou caindo. Mas é sempre assim. Quando perde, sempre tem culpa do goleiro. Quando vence, nem lembram da existência dele. Tive a infelicidade de cair com o Vitória e com o Corinthians. E veio a fama. Mas não me acho pé-frio", completou.

Mas, curiosamente, o pior de Felipe momento no Parque São Jorge não foi na ocasião da queda para a Série B, mas no ano passado, após a derrota na final da Copa do Brasil. O goleiro chegou a ser afastado e por pouco não perdeu lugar no time para o reserva Julio Cesar.

Na disputa da segunda divisão, entretanto, Felipe cresceu junto com o Corinthians, sendo um dos destaques da campanha que trouxe a equipe de volta à Série A. Agora, em paz com a torcida e sem propostas concretas, já fala em se tornar uma espécie de camisa 1 vitalício

"Tenho o sonho de jogar em um grande clube da Europa, como todo jogador tem. Mas só saio daqui se isso interessar também ao Corinthians. Se a diretoria quiser me oferecer um contrato de 10 anos para eu ficar como o Marcos no Palmeiras e o Rogério Ceni no São Paulo, vou aceitar muito feliz", disse.